Compra da AirWatch pela VMware e união entre IBM e Apple indicam necessidade de um outro nível de serviço
por Marco Boemeke
Olhe algumas das principais empresas de gestão de mobilidade do mundo, como AirWatch, Zenprise e Soti, e responda: quais delas tinham esse status há dez anos? Aliás, qual era a relevância de smartphones, tablets e programas de Bring Your Own Device (Byod) para dispositivos móveis dentro do ambiente corporativo?
Responda aqui o questionário: “Byod no Brasil: adoção, visão, gestão e desafios na visão dos líderes de TI”.
Nem eram conhecidas as companhias, nem a relevância de um mercado que ainda engatinhava.
A resposta de marcas já estabelecidas a essa efervescência no dinâmico mercado de tecnologia da informação veio em forma de consolidação. Um par de olhos atentos consegue ver que mobilidade é um negócio com potencial enorme, e dois dos principais exemplos deste ano dão esse tom: VMware anunciando a compra da AirWatch e IBM e Apple costurando uma parceria estratégica.
É preciso olhar com calma esse movimento. A VMware é uma gigante do mercado de virtualização e investiu mais de US$ 1 bilhão na compra de uma marca que sequer existia antes de 2003. Já a centenária IBM, especialista em soluções de TI aplicadas a negócios, uniu-se a uma companhia com pouca tradição no mercado corporativo, pelo menos até funcionários empurrarem seus iPhones para dentro das empresas, a partir de 2007.
O fato de grandes fabricantes de produtos essencialmente corporativos olharem para essa aparentemente “pequena” parcela da TI chamada de mobilidade indica que a consolidação não passa somente por marcas e operação, mas pela integração total do conceito dentro dos sistemas. Soluções começam a ser desenvolvidas para atingir um nível de qualidade que atenda a qualquer função do negócio, abarcando segurança, conteúdo, antivírus, controle de desktop e, enfim, gestão total.
A tendência de consolidação é clara e imagino que cerca de cinco grandes marcas devam se firmar como principais referências. Para integradores, a oportunidade é gigantesca: é preciso parceiros muito especializados para desenhar projetos dessa envergadura. Outro nível de serviço vai surgir.
Além de toda preparação de negócios, com estudo de cenário, construção de parcerias sólidas e formulação de plano de ação, um posicionamento adicional é essencial: tu só consegues conquistar o além se tu acreditas no além. E os novos desafios exigem uma atitude mais ousada e positiva. Afinal, as empresas de mobilidade que citei no começo do texto não nasceram prontas e, muito menos, valendo bilhões de dólares.
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