Escolher o modelo do dispositivo com base no preço e não escalonar o projeto são deslizes que acabam com qualquer plano razoavelmente bem feito
por Vinícius Boemeke
Tem algumas semanas, fui convidado pelo amigo Claudiney Santos, da Converge Comunicações, a fazer uma palestra no Forum Mobile+. Foi um papo de meia hora bem interessante para uma audiência de cerca de cem pessoas e quero, por aqui, compartilhar parte do que foi discutido lá.
O tema de minha fala foi: “Planejar, gerir e rezar: por que, mesmo com um bom plano, alguns projetos de mobilidade corporativa dão errado”. Listei os oito erros mais comuns relacionados ao tema – os quais pretendo abordar em uma iniciativa mais interativa, como um webinar, por exemplo, nos próximos meses – e como evitá-los. Neste espaço, quero falar especificamente sobre dois.
O primeiro deles é escolher o modelo do smartphone ou tablet somente com base no preço. Essa postura é um tiro no pé: não, Android não é tudo igual e escolher um equipamento sem software ou hardware que atendam às especificações do projeto é jogar dinheiro fora. A definição das especificações mínimas do hardware deve ser feita no início do projeto pela TI e, a escolha dos aparelhos, baseada na capacidade de entrega.
Outro equívoco, muito comum, é não escalonar: montar projetos ótimos e muito bem elaborados, mas que atendam, somente, a uma necessidade imediata e que não estejam preparados para expansão a outras áreas ou ampliação de suas funcionalidades. O mundo está se tornando móvel e é preciso ter aplicações altamente flexíveis e que estejam preparadas para o futuro. Para evitar essa situação, invista mais tempo no planejamento, faça perguntas às áreas que vão utilizar o aplicativo, aprofunde-se sobre a perspectiva de crescimento da companhia para entender quais outros processos, tarefas e até funções de outros departamentos poderão ser integrados à proposta inicial
Apesar de já haver muitos projetos no Brasil, é preciso ter em mente que mobilidade ainda é um conceito novo, que até pouco tempo atrás não existia, e que é preciso um aculturamento do mercado. É exatamente pela falta de alguns conhecimentos mais específicos que, apesar de possuírem um bom plano, alguns projetos de mobilidade simplesmente dão errado.
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