Vinicius Boemeke, diretor de Marketing e tecnologia da MDM Solutions, comenta pesquisa exclusiva feita com CIOs sobre mobilidade e apresenta roteiro e soluções para lidar com o advento do Bring Your Own Device
por MDM Solutions
Garantir a segurança da informação e escolher o melhor modelo de Bring Your Own Device estão entre os principais desafios enfrentados pelos CIOs em projetos de mobilidade. Conforme a pesquisa “Byod no Brasil: adoção, gestão e desafios na visão de líderes de TI”, produzida pela MDM Solutions e pela Integrare 360º – Marketing de Conteúdo, essas respostas são apontadas por 66,6% e 54,10%, respectivamente, dos respondentes. Os dados completos foram apresentados em evento realizado na sede da Samsung, em São Paulo, no dia 16 de abril, com a presença de líderes de tecnologia (a pesquisa está disponível no fim desse post).
O mau uso por parte dos funcionários aparece em terceiro lugar, com pouco menos de 40%, seguido por falta de conhecimentos sobre impactos trabalhistas (27,87%). “Apenas os dois últimos itens da lista: ‘desconhecimento sobre principais ferramentas e marcas’, com 22,95%, e, dificuldade de alinhamento com a diretoria/presidência’, com 21,31%, não podem ser controlados ou minimizados com ferramentas de gestão móvel, que delimitam acesso, transmissão de dados e permitem a atualização remota de softwares de segurança e outros aplicativos”, afirmou Adriele Marchesini, cofundadora da Integrare 360º.
Quando se olha especificamente para a questão de segurança da informação, as principais dificuldades giram em torno do vazamento de informações e perda ou roubo do dispositivo:
Em termos de segurança da informação, quais as principais preocupações com projetos de mobilidade/Byod? | Proporção |
Vazamento de informações confidenciais | 62,30% |
Perda/roubo do dispositivo | 49,18% |
Vulnerabilidade das aplicações | 39,34% |
Integração com o legado | 24,59% |
Como resolver
Para que as dúvidas e desafios deem lugar a um projeto eficiente e bem implantado, o primeiro passo, segundo apresentação feita por Vinícius Boemeke, diretor de Marketing e Tecnologia a MDM Solutions, é criar uma política clara e direta sobre o projeto de mobilidade/Byod que a empresa planeja adotar. Nesse processo, algumas perguntas importantes devem ser respondidas: qual o meu desafio de negócio? Como mobilidade vai me ajudar? Quais tarefas e quais perfis de usuários serão migrados para o ambiente móvel? A empresa fornecerá o equipamento, configurando em um projeto de mobilidade, ou o colaborador terá de levar o seu próprio dispositivo, caracterizando Byod? Quais dados podem ou não ser acessados, por quem e em quais horários?
Com essas definições em mãos, a empresa pode elaborar um documento de boas práticas e definir ferramentas de gestão que alinhem as expectativas entre os colaboradores e a companhia. O documento deve prever, na medida do possível, situações e responsabilidades, sendo claro e transparente. “Em caso de perda ou roubo, quanto mais rápido o usuário tomar uma ação, menor o risco que a empresa tem com no vazamento de dados, e essa iniciativa pode estar prevista no regulamento”, exemplifica.
Sobre o principal temor envolvendo o tema – a garantia da segurança – a situação é resolvida via adoção de uma ferramenta de gestão, como Mobile Device Management (gestão de dispositivo móvel, ou MDM), Enterprise Mobility Management (gestão da mobilidade corporativa, ou EMM), entre outras. “Elas são importantes não só para garantir a segurança, mas para promover o monitoramento, sem invadir a privacidade dos usuário”, diz Vinícius Boemeke. Com uma solução dessas, a gestão de todos os dispositivos móveis fica centrada em um ambiente, onde é possível enviar comandos remotos e travar funções de risco.
O executivo enumera algumas medidas de segurança propiciadas nos dispositivos por meio de soluções centralizadoras: senha na tela, desativação do copy/paste de informações ou e-mail corporativo, proibição do forward de certas mensagens, bloqueio remoto de acesso, VPN por aplicativo, entre outros. “Com um clique garantimos que todas as informações corporativas são apagadas”, diz.
Já sobre o segundo principal desafio – a escolha do melhor modelo de Byod, onde o usuário leva seu próprio dispositivo – são três exemplos a serem seguidos:
1)Empresa tem politicas pré-definidas de Byod, mas não há restrições para dispositivos: os colaboradores podem usar quaisquer equipamentos, desde que sigam o regulamento. “Nem todos os aparelhos vão funcionar de forma adequada na rede corporativa, o que traz mais demanda para o suporte e pode frustar a expectativa dos usuários, diz o executivo.
2)Trabalhar com aparelhos homologados por tipo de uso: a empresa seleciona um número limitado de dispositivos para cada grupo de colaboradores. Os funcionários só terão acesso ao ambiente corporativo nesse dispositivo se o equipamento estiver na lista.
3)Trabalhar com aparelhos homologados por tipo de uso, mas com subsídio parcial ou total dos equipamentos. “Também nesse caso há adesão ao termo de uso e adequação às políticas da empresa”, reforça.
Boemeke diz que, na prática do mercado, não existe uma regra. “Os diferentes modelos podem coexistir e vemos empresas usando eles em diferentes níveis hierárquicos”, explica.
O estudo, que não tem caráter científico, ficou em campo de novembro de 2014 a março de 2015. A maior parte dos 73 respondentes (34,25%) é formada por empresas com faturamento anual a partir de R$ 1 bilhão, representando um cenário significativo da realidade brasileira.
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