José Carlos Padilha pontua que diretores de tecnologia precisam ter visão mais estratégica e levar tecnologia para aplicação de negócio

por MDM Solutions

Para extrair valor de projetos de mobilidade e elevá-los do patamar operacional para o de inovação, não adianta: o CIO deve mergulhar não só em tecnologia, mas no profundo entendimento do negócio da empresa na qual trabalha. Essa é a visão de José Carlos Padilha, ex-CIO da Carbocloro e, hoje, consultor de TI e estratégias de negócio.

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Com três décadas de experiência como líder da área, Padilha condensa bem o perfil desse diretor de TI tão solicitado nos dias atuais: “Quando um vendedor de ponta visitava alguns clientes, sabe o que eu fazia? Acompanhava. Fazia isso para conversar com o comprador, conhecer como eles produziam e estocavam a mercadoria…como eu poderia oferecer uma solução de TI sem conhecer os desafios que minha empresa tinha para entregar ao cliente? Agora pergunto: quantos CIOs fazem isso? Pouquíssimos!”.

Os dados comprovam que mobilidade ainda é subutilizada dentro das empresas. O estudo “Antes da TI, a Estratégia”, realizada pela IT Mídia com CIOs das 500 maiores empresas do Brasil no início de 2014, mostra que TI lidera a adoção das novas tecnologias em 46% dos casos. Porém, somente 21% veem necessidade de investigar melhor as oportunidades em mobilidade. Além disso, vale citar que 5 milhões de dispositivos móveis serão inseridos no ambiente corporativo apenas neste ano em modelos de Bring Your Own Device, conforme a consultoria IDC. Isso traz um desafio enorme para a TI, que encontra em MDM (Mobile Device Management, ou gestão de dispositivos móveis) uma saída para controlar o parque e impedir problemas relativos a segurança da informação.

Para Padilha, há muito proveito a ser tirado de mobilidade. Veja alguns dos principais comentários no bate-papo do executivo com a MDM Solutions.

O papel do MDM

“MDM entra nas empresas a partir de uma pressão natural e inevitável de se trazer device pessoal para dentro da organização. As coisas mudam muito rápido e não dá para impedir essa evolução. A melhor alternativa, em vez de brigar com a tendência, é unir-se a ela e estimular o uso de dispositivos móveis no ambiente corporativo.”

Mobilidade não é bem aproveitada nas empresas porque…

“Há uma falta de visão estratégica com relação à possibilidade de fazer negócio com dispositivo móvel. O executivo olha mais como ferramenta de TI e pouco como oportunidade de negócios. Para isso mudar, o CIO tem de estar mais afinado com a estratégia da empresa e menos com a execução de TI.”

TI mais forte

“Quando você sugere para um CEO ou ao board o uso da tecnologia que agregue resultado financeiro, impossível qualquer executivo negar a sugestão. Tenho 150% de certeza disso.”

Quem não tem mobilidade…

“Perde muito, muito tempo. Por que, a partir da adoção de mobilidade aderente aos processos, ganha-se tempo e a operação da empresa flui melhor. O foco de qualquer negócio é o cliente, sem ele todo o mundo morre. Portanto, é importante que cada colaborador, de todas as áreas, saiba da importância do comprador para aquela organização. Mobilidade pode ajudar bastante, no sentido de beneficiar a sua comunidade de clientes, acelerar processos, entregar melhor o seu serviço/produto, ajudar a ouvir melhor e levar inteligência de negócios para qualquer lugar de forma rápida.”

A perda de quem ignora essa estratégia

“Informações valem bilhões – mas só se não forem esquecidas. A mobilidade pode ajudar para que nenhuma informação seja perdida.”

Imagem: arquivo pessoal