Estudo da Accenture corrobora uma sensação que tenho do mercado: cliente para de questionar “o quê” e parte para “como” e “quando”
por Vinícius Boemeke
Já há algum tempo noto um aquecimento dos projetos de mobilidade e essa percepção foi, agora, corroborada por uma pesquisa da Accenture: grandes empresas brasileiras devem investir mais em mobilidade entre 2014 e 2015 do que a média mundial.
O levantamento mostra que 33% dedicarão para recursos móveis entre 25% e 50% do seu orçamento, o que representaria mais de US$ 30 milhões por companhia, contra 24% do mundo em geral. Os 67% brasileiros restantes aplicarão entre 1% e 25%, releva a pesquisa. Nenhum dos entrevistados disse não planejar investimentos na área, o que é outro dado positivo e que chama a atenção.
O estudo foi conduzido com 1.475 executivos de 14 países, sendo cem deles do Brasil. O foco eram empresas de grande porte, em dez verticais, e considerou-se como “recursos móveis” tudo o que requer a implementação de projetos em mobilidade, desde a consultoria até a compra de devices e contratação de linhas, passando pelo design e desenvolvimento de apps, contratação de plataformas móveis, etc.
Uma declaração dada por Júlio Ramos, diretor de soluções móveis da Accenture no Brasil, ao Mobile Time, me chamou a atenção: “acho que os executivos brasileiros estão perdendo o medo de investir em mobile. As áreas de negócios e de marketing estão pressionando mais a de TI. Se esta não fizer, vão correr atrás de alguma agência que faça. Perceberam que está na hora de jogar sério com mobilidade. Tem que ter plataforma, processos, governança. Começou-se a entender que é um canal tão importante quanto web”.
Ao meu ver, além disso, fica cada vez mais fácil para os potenciais clientes entenderem que os benefícios de projetos de mobilidade não ficam na teoria e, muito pelo contrário, têm um viés totalmente prático e aplicável. Quando estamos frente à frente de um prospect e conseguimos provar por A + B que existe retorno sobre o investimento (ROI), acompanhado de elevação do desempenho, satisfação do usuário e garantia de segurança, a discussão passa do “o que é” para o “como” e “quando” aplicar.
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