2015, o ano que não acabou para mobilidade corporativa

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Dólar continua alto e mercado ainda precisa de normas mais claras; Olimpíadas e 4G mais estável dão o tom positivo para 2016

por Vinícius Bomeke

2015 só acabou no calendário: seguiremos sentindo os efeitos do cenário político-econômico, ainda bem complexo, e colhendo os frutos do desenvolvimento do mercado de mobilidade corporativa ao longo de 2016. Como sempre, há perspectivas mais e menos positivas, mas todas demandam uma mudança de percepção e adequação ao cenário.

No campo de infraestrutura, vejo tendências positivas. Sempre se comentou que o 4G daqui mais parecia o 3G de outros países, mas esse é um cenário que começa a mudar. Noto no atendimento aos clientes que a cobertura ganha alcance, velocidade e estabilidade, permitindo projetos de maior complexidade e em regiões antes inacessíveis. Há muito o que melhorar, certamente, mas não se pode negar que houve ganhos.

Esse movimento acaba sendo fortalecido pelos Jogos Olímpicos do Rio 2016. Tanto se fala sobre crise política que a chegada de um dos mais importantes eventos esportivos do mundo acabou ficando em segundo plano nas notícias. Não podemos esquecer que as melhorias que foram e ainda serão feitas para amparar a competição e seus milhares de participantes, entre jogadores, público e delegações, vão deixar um saldo positivo no Rio de Janeiro e no Brasil como um todo. Isso sem falar na efervescência que nascerá no mercado para atender a todo o tipo de demanda desses consumidores.

Em termos de regulação, vejo a necessidade de políticas mais claras envolvendo o tema mobilidade. O bloqueio do WhatstApp em dezembro do ano passado em todo o território nacional é um exemplo de como ainda há um cenário de incerteza na adoção de aplicações móveis. Apesar de não ter sido criado para esse fim, o aplicativo é muito usado por empresas e sua indisponibilidade afetou diretamente a produtividade. Também acredito que temas como uso de dispositivos pessoais no ambiente de trabalho (Byod, ou Bring Your Own Device) devam ser mais clarificados com ajuda de normas.

Por fim, um dos assuntos em aberto de 2015 é o de como fornecedores vão lidar com os impactos da alta do dólar no preço final de projetos, sem perder competitividade ao combinar preço, funcionalidades e condições. Precisaremos de soluções menos complexas para problemas menos complexos: com o câmbio desvalorizado, não tem sentido adquirir um sistema completo – e mais caro – para reverter uma pequena porcentagem de seu potencial à resolução de uma demanda específica.

Então, um bom ano a todos. Trabalho é o que não vai faltar.

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