A malha de dispositivos e o impacto na rotina corporativa

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Gartner prevê que, já a partir de 2016, mundo verá uma forte integração entre dispositivos. Movimento demandará sólido aparato de infraestrutura, mas permitirá experiência do usuário mais fluida

por Vinícius Boemeke

O Gartner divulgou, recentemente, sua lista de previsões com as principais tendências tecnológicas que devem impactar os negócios ao longo de 2016, e um tema, em específico, me chamou a atenção: a malha de dispositivos.

Segundo a consultoria, o termo representa a fusão dos mundos físico e virtual e é representado por um extenso conjunto de pontos utilizados para acessar aplicativos e informações ou para interagir com pessoas, redes sociais, governos e empresas. Amparada pela Internet das Coisas (IoT, da sigla em inglês), ela abrange dispositivos móveis, wearables technologies (ou tecnologias vestíveis), aparelhos eletrônicos de consumo e domésticos, entre outros.

O documento explica que o foco dessa tendência está no usuário móvel, cercado por uma malha de dispositivos que vai além dos meios tradicionais. Hoje, os aparelhos operam isoladamente.  O conceito aposta que haverá integração entre eles, por meio da chamada comunicação Machine to Machine (máquina a máquina, ou M2M), o que dispensará, muitas vezes, a interferência humana. É o que o Gartner chama de “mundo de algoritmos”.

Esse novo ambiente promoverá as bases para uma nova experiência contínua ao usuário: ela fluirá regularmente em um conjunto de dispositivos de deslocamento e canais de interação, “misturando ambiente físico, virtual e eletrônico, ao passo que o usuário se move de um lugar para outro”.

“Projetar aplicativos móveis continua sendo um importante foco estratégico para a empresa. No entanto, o projeto objetiva fornecer uma experiência que flui e explora diferentes dispositivos, incluindo sensores da Internet das Coisas e objetos comuns, como automóveis, ou mesmo fábricas. Projetar essas experiências avançadas será um grande diferencial para fabricantes independentes de software (ISVs) e empresas similares até 2018”, diz o texto.

A malha de dispositivos permitirá também uma maior coleta de informações, o que dará mais subsídio para a tomada de decisões. Pense, por exemplo, os caminhões de uma frota corporativa. Sensores instalados em cada um dos carros permitirão o registro, em tempo real, de umidade e temperatura externa, correlacionando esses dados para identificar o impacto causado na qualidade da carga. O trânsito também será monitorado, e rotas alternativas podem ser traçadas para que o motorista, apenas, a execute, sem precisar de qualquer contato humano. O mais interessante é que, com essa interligação dos dispositivos, poderemos agregar um alto nível de inteligência com equipamentos relativamente simples, como é o caso dos sensores.

Esse movimento indica, basicamente, que as redes vão trafegar mais informações, o que impacta diretamente na infraestrutura tanto das empresas quanto das operadoras. Além disso, o gestor de TI deverá ter uma clareza profunda sobre o inventário de dispositivos da empresa e até, em alguns casos, regulamentações setoriais, para se adequar às normas de coleta de informações.

Não podemos esquecer que as perspectivas são globais – e que, em média, os impactos tendem a demorar até dois anos para serem sentidos no Brasil na mesma proporção. Mas que o futuro reserva uma interatividade e previsibilidade muito mais acuradas, isso não podemos negar. É uma mera questão de tempo – e, também, de preparo.

Fonte: http://cio.com.br/tecnologia/2015/10/21/dez-tendencias-de-ti-para-2016-segundo-o-gartner/

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